quinta-feira, 11 de outubro de 2012

DESIDERATA


"Vá plácido entre o barulho e a pressa lembre-se da paz que pode haver no silêncio. Tanto quanto possível, sem capitular, esteja de bem com todas as pessoas. Fale a sua verdade, clara e calmamente; e escute os outros, mesmo os estúpidos e ignorantes, pois também eles têm a sua história. Evite pessoas barulhentas e agressivas. Elas são tormento para o espírito. Se você se comparar a outros, pode se tornar vaidoso e amargo, porque sempre haverá pessoas superiores e inferiores a você. Desfrute suas conquistas, assim como seus planos. Mantenha-se interessado em sua própria carreira, ainda que humilde; é o que realmente se possui, na sorte incerta dos tempos. Exercite a cautela nos negócios, porque o mundo é cheio de artifícios. Mas não deixe que isso o torne cego à virtude que existe; muitas pessoas lutam por altos ideais e, por toda parte, a vida é cheia de heroísmo. Seja você mesmo. Principalmente, não finja afeição, nem seja cínico sobre o amor, porque, em face de toda aridez e desencanto, ele é perene como a grama. Aceite, gentilmente, o conselho dos anos, renunciando, com benevolência, às coisas da juventude. Cultive a força do espírito, para proteger-se, num infortúnio inesperado. Mas não se desgaste com temores imaginários. Muitos medos nascem da fadiga e da solidão. Acima de uma benéfica disciplina, seja bondoso consigo mesmo. Você é filho do Universo; não menos que as árvores e as estrelas, você tem o direito de estar aqui. E que seja claro, ou não, para você, sem dúvida o Universo se desenrola como deveria. Portanto, esteja em paz com Deus, qualquer que seja a sua forma de conhecê-lo, e, sejam quais forem sua lida e suas aspirações, na barulhenta confusão da vida, mantenha-se em paz com sua alma. Com todos os enganos, penas e sonhos desfeitos, este ainda é um mundo maravilhoso. Esteja atento"

sábado, 8 de setembro de 2012

Reflexão sobre o caráter, a ética e a honra


“Grandes almas sempre encontraram forte oposição de mentes medíocres“Albert Einstein

Até que ponto o homem pode vender-se sem ser prejudicado e sem prejudicar os outros?
Até que ponto pode, impunemente, ferir sua coerência interior dizendo, publicamente, ora uma coisa, ora exatamente o contrário, dependendo da vantagem oferecida?
Quando digo “impunemente” não me refiro a sanções legais, multas ou coisas do gênero. Isso é o de menos! Um bom advogado resolve.
Ao dizer “impunemente” refiro-me ao interior da pessoa, à sua “inteireza” e paz, aquela qualidade das pessoas retas, sábias, coesas, coerentes, “inteiras” também por dentro. Refiro-me, também, ao ônus social gerado por atitudes que sobrepõem a vaidade à verdade, à lealdade, à coerência, à reflexão, à nobreza de caráter.
O grande problema da humanidade, hoje em dia, é de caráter ético, pois socialmente, aprendemos que é preciso fazer o correto, mas na informalidade, criamos a idéia de que não há nada de errado, em levar vantagem em cima de nosso semelhante, e para todas as situações costumamos dar “o jeitinho brasileiro”. Uma vez que é muito comum, todos criticarem a corrupção brasileira, a política brasileira, e esquecerem-se dos pequenos delitos que cometem diariamente, usando a premissa de que os fins justificam os meios.
E é em meio a esta sociedade, mais preocupada em aparecer, do que ajudar o próximo, que surge o desejo exagerado de acumular poder e projeção. E neste mesmo momento, o homem deixa a sua ambição falar mais alto que a ética. Pois se a ética atrapalhar o objetivo de adquirir glória, poder e honras, a tendência é de reduzir o caráter ético, para não frustrar o propósito final.
É preciso ter consciência de que ser ético é tratar as pessoas como gostaríamos de ser tratados. É procurar ajudar mais as pessoas a nossa volta, do que criticar, ou lesionar em momentos oportunos, só para atingir nossos objetivos. Precisamos também entender, que a atual crise ética originou-se em decorrência das atitudes do ser humano individual, e que por isso, é preciso antes de qualquer coisa, mudar nossas atitudes individuais, para depois podermos criticar e tentar consertar o mundo. E é claro, é preciso ter ambições sim, mas é preciso usar a ética e a moral, antes de definir nossas metas, ideais e sonhos.
A tendência daqueles que por simples vaidade ou desejo de poder tem de criticar e lançar inverdades, bem como criar fatos e atos inexistentes, sobre àqueles que ocupam posições por eles desejadas reflete bem a pequenez de seu caráter e sua falta de ética, pois deveriam eles exaltarem seus feitos e seus atos em contraponto àqueles que se critica.
Confúcio já dizia que “Homem superior é aquele que começa por pôr em prática as suas palavras e em seguida fala de acordo com as suas ações”.
Creio que já é passado o momento de colocarmos nossas ambições no mesmo patamar de nossas realizações, pois se estas realizações forem realmente grandes nossas ambições serão satisfeitas por reconhecimento e natural consequencia delas.

Luciano Rio, MM ARLS Madras 3359 – GOB-SP.
Mestre Maçom da Marca, Companheiro do Arco Real, Cavaleiro Templário, Cavaleiro de Malta.
Secretário Estadual de Entidades Paramaçônicas, GOB-SP, 2007/2009.
Presidente do Departamento de Entidades Paramaçônicas da Secretaria Geral de Educação e Cultura do GOB.

domingo, 2 de setembro de 2012

Dependência



Dependência

Ninguém sabe na íntegra, sobre o dia seguinte ou será que sabe? O que poderá acontecer? Não confundir com previsões.
A verdade é que surgirá um novo dia, isso com certeza, é óbvio.
Mil e umas coisas temos para realizar a cada dia e, precisamos estar em forma, pronto para e a fim de, como comumente dito em algumas corporações, após treinamentos específicos que torna apto o praticante para os enfrentamentos diários.
Para tanto, além de estar preparado fisicamente, fato não comum entre nós pobres mortais, faz-se necessário à paz interna, estarmos de bem com nós mesmos, dispostos para o que der e vier.
Na pratica isso é difícil, porque vivemos cheios de afazeres (muito bom ter o que fazer), mas não é só, temos compromissos já em andamento e outros tantos programados, porém existem os imprevistos.
Nos imprevistos, por exemplo, podemos citar as doenças, perda de emprego e etc. e tal. Não queremos ser pessimistas, mas é o que acontece diariamente, ora com um, ora com outro, faz parte da vida.
Ah! Alguém pode dizer: “Eu estou preparado, sou organizado e prevenido”. Sorte dele. Dos males o menor, pensemos assim. Entretanto, basta acontecer para podermos aquilatar o resultado.
Ser dono do próprio nariz, ter livre locomoção (ir e vir), ter decisão, mando e domínio das ações, é fundamental. E, por que dizemos isso? Dizemos para afirmar que somos dependentes. Todavia, quanto menos, mais qualidade se tem no ganho de tempo e em outras variantes da vida.
A dependência tem vários enfoques, ou seja, no social, econômico e cultural. Todos precisam uns dos outros. O homem é um ser social por natureza.
É ruim ter que depender de terceiros para (para tudo) resolver questões, problemas, por vezes os mais simples. As pessoas têm lá seus problemas, quem não os tem? E ainda tem que ser solidário com indivíduos problemáticos (por analogia igual “a cotia que não vê seu próprio rabo”), nem sempre do seu relacionamento. É, mais o que se planta se colhe.
Imaginem o indivíduo cheio de saúde, ciente de suas obrigações, responsável e, de repente ficar tolhido. Uma dependência gerada a contragosto. Não é fácil encarar a situação. E, depois contar com a boa vontade das pessoas, até mesmo para alcançar um copo com água.
Lógico que dependendo da condição financeira do dependente poderá o mesmo pagar para ser servido ou atendido por profissionais, durante o tratamento ou pela vida toda. Entretanto, nem todos podem arcar com custos de contratação e manutenção de pessoas especializadas.
Por outro lado, ter muito dinheiro, ajuda, ameniza, mas não é tudo. O sujeito pode ser abastado e, pouco ou quase nada usufruir, devido à saúde precária.
Quem dera pudéssemos ser totalmente independentes, livres para voar, andar sobre as nuvens, andar, viajar para os quatro cantos do mundo, sem pedir permissão. Ter o alimento necessário, roupas adequadas com o lugar, saúde de ferro, amor para dar e receber e não houvesse a violência.
Sejamos realistas, nada de hipocrisia, estamos em transito por aqui, a receita está na pratica do bem, o mal contagia o próprio malfeitor, tornando-o no fundo um infeliz, carente de ajuda para eliminação de seus vícios.
Ah! Como seria bom! Sonhar nunca é demais. Não esqueçamos o Criador, razão do nosso viver, em quem depositamos nossas esperanças por dias melhores, com menos dependência, enquanto no cumprimento da nossa jornada nesta plaga, até quando a permissão for concedida.

NELSON VIEIRA, natural de Porto Alegre- RS, reside em Campo Grande-MS, funcionário público federal,  graduado em Gerência de Marketing pela UNIDERP; membro da Academia Maçônica de Letras de Mato Grosso do Sul; Tesoureiro da Associação Internacional Poetas del Mundo;  membro do Forum Estadual de Cultura de Mato Grosso do Sul;Membro Correspondente  da Academia Castro Alves - Porto Alegre-RS; Colunista do jornal O Estado de Mato Grosso do Sul e de vários sites; Autor do livro de crônicas: COTIDIANO ( em segunda edição ) e do livro FRUTOS DE PERCEPÇÕES.