sábado, 8 de setembro de 2012

Reflexão sobre o caráter, a ética e a honra


“Grandes almas sempre encontraram forte oposição de mentes medíocres“Albert Einstein

Até que ponto o homem pode vender-se sem ser prejudicado e sem prejudicar os outros?
Até que ponto pode, impunemente, ferir sua coerência interior dizendo, publicamente, ora uma coisa, ora exatamente o contrário, dependendo da vantagem oferecida?
Quando digo “impunemente” não me refiro a sanções legais, multas ou coisas do gênero. Isso é o de menos! Um bom advogado resolve.
Ao dizer “impunemente” refiro-me ao interior da pessoa, à sua “inteireza” e paz, aquela qualidade das pessoas retas, sábias, coesas, coerentes, “inteiras” também por dentro. Refiro-me, também, ao ônus social gerado por atitudes que sobrepõem a vaidade à verdade, à lealdade, à coerência, à reflexão, à nobreza de caráter.
O grande problema da humanidade, hoje em dia, é de caráter ético, pois socialmente, aprendemos que é preciso fazer o correto, mas na informalidade, criamos a idéia de que não há nada de errado, em levar vantagem em cima de nosso semelhante, e para todas as situações costumamos dar “o jeitinho brasileiro”. Uma vez que é muito comum, todos criticarem a corrupção brasileira, a política brasileira, e esquecerem-se dos pequenos delitos que cometem diariamente, usando a premissa de que os fins justificam os meios.
E é em meio a esta sociedade, mais preocupada em aparecer, do que ajudar o próximo, que surge o desejo exagerado de acumular poder e projeção. E neste mesmo momento, o homem deixa a sua ambição falar mais alto que a ética. Pois se a ética atrapalhar o objetivo de adquirir glória, poder e honras, a tendência é de reduzir o caráter ético, para não frustrar o propósito final.
É preciso ter consciência de que ser ético é tratar as pessoas como gostaríamos de ser tratados. É procurar ajudar mais as pessoas a nossa volta, do que criticar, ou lesionar em momentos oportunos, só para atingir nossos objetivos. Precisamos também entender, que a atual crise ética originou-se em decorrência das atitudes do ser humano individual, e que por isso, é preciso antes de qualquer coisa, mudar nossas atitudes individuais, para depois podermos criticar e tentar consertar o mundo. E é claro, é preciso ter ambições sim, mas é preciso usar a ética e a moral, antes de definir nossas metas, ideais e sonhos.
A tendência daqueles que por simples vaidade ou desejo de poder tem de criticar e lançar inverdades, bem como criar fatos e atos inexistentes, sobre àqueles que ocupam posições por eles desejadas reflete bem a pequenez de seu caráter e sua falta de ética, pois deveriam eles exaltarem seus feitos e seus atos em contraponto àqueles que se critica.
Confúcio já dizia que “Homem superior é aquele que começa por pôr em prática as suas palavras e em seguida fala de acordo com as suas ações”.
Creio que já é passado o momento de colocarmos nossas ambições no mesmo patamar de nossas realizações, pois se estas realizações forem realmente grandes nossas ambições serão satisfeitas por reconhecimento e natural consequencia delas.

Luciano Rio, MM ARLS Madras 3359 – GOB-SP.
Mestre Maçom da Marca, Companheiro do Arco Real, Cavaleiro Templário, Cavaleiro de Malta.
Secretário Estadual de Entidades Paramaçônicas, GOB-SP, 2007/2009.
Presidente do Departamento de Entidades Paramaçônicas da Secretaria Geral de Educação e Cultura do GOB.

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