“Grandes almas sempre encontraram
forte oposição de mentes medíocres“Albert
Einstein
Até
que ponto o homem pode vender-se sem ser prejudicado e sem prejudicar os
outros?
Até
que ponto pode, impunemente, ferir sua coerência interior dizendo,
publicamente, ora uma coisa, ora exatamente o contrário, dependendo da vantagem
oferecida?
Quando
digo “impunemente” não me refiro a sanções legais, multas ou coisas do gênero.
Isso é o de menos! Um bom advogado resolve.
Ao
dizer “impunemente” refiro-me ao interior da pessoa, à sua “inteireza” e paz,
aquela qualidade das pessoas retas, sábias, coesas, coerentes, “inteiras”
também por dentro. Refiro-me, também, ao ônus social gerado por atitudes que
sobrepõem a vaidade à verdade, à lealdade, à coerência, à reflexão, à nobreza
de caráter.
O
grande problema da humanidade, hoje em dia, é de caráter ético, pois
socialmente, aprendemos que é preciso fazer o correto, mas na informalidade,
criamos a idéia de que não há nada de errado, em levar vantagem em cima de
nosso semelhante, e para todas as situações costumamos dar “o jeitinho
brasileiro”. Uma vez que é muito comum, todos criticarem a corrupção
brasileira, a política brasileira, e esquecerem-se dos pequenos delitos que
cometem diariamente, usando a premissa de que os fins justificam os meios.
E
é em meio a esta sociedade, mais preocupada em aparecer, do que ajudar o
próximo, que surge o desejo exagerado de acumular poder e projeção. E neste
mesmo momento, o homem deixa a sua ambição falar mais alto que a ética. Pois se
a ética atrapalhar o objetivo de adquirir glória, poder e honras, a tendência é
de reduzir o caráter ético, para não frustrar o propósito final.
É
preciso ter consciência de que ser ético é tratar as pessoas como gostaríamos
de ser tratados. É procurar ajudar mais as pessoas a nossa volta, do que
criticar, ou lesionar em momentos oportunos, só para atingir nossos objetivos.
Precisamos também entender, que a atual crise ética originou-se em decorrência
das atitudes do ser humano individual, e que por isso, é preciso antes de
qualquer coisa, mudar nossas atitudes individuais, para depois podermos
criticar e tentar consertar o mundo. E é claro, é preciso ter ambições sim, mas
é preciso usar a ética e a moral, antes de definir nossas metas, ideais e
sonhos.
A
tendência daqueles que por simples vaidade ou desejo de poder tem de criticar e
lançar inverdades, bem como criar fatos e atos inexistentes, sobre àqueles que
ocupam posições por eles desejadas reflete bem a pequenez de seu caráter e sua
falta de ética, pois deveriam eles exaltarem seus feitos e seus atos em contraponto
àqueles que se critica.
Confúcio
já dizia que “Homem superior é aquele que começa por pôr em prática as suas
palavras e em seguida fala de acordo com as suas ações”.
Creio
que já é passado o momento de colocarmos nossas ambições no mesmo patamar de
nossas realizações, pois se estas realizações forem realmente grandes nossas
ambições serão satisfeitas por reconhecimento e natural consequencia delas.
Mestre Maçom da Marca, Companheiro do Arco Real, Cavaleiro Templário, Cavaleiro de Malta.
Secretário Estadual de Entidades Paramaçônicas, GOB-SP, 2007/2009.
Presidente do Departamento de Entidades Paramaçônicas da Secretaria Geral de Educação e Cultura do GOB.