O Perigo da Palavra
Está reconhecido no mundo inteiro que o Maçom é um homem de responsabilidade, assumindo o compromisso por todas as ações que pratica especialmente aquelas que podem afetar a vida de pessoas outras. Tem sido assim em todos os tempos em que a Ordem, constituída de verdadeiros iniciados, trabalha pelo aperfeiçoamento moral e social da humanidade.
Vejam-se os exemplos dos maçons brasileiros na liderança na implantação da Independência, da Abolição e da Republica e na manutenção e garantia de mudanças tão radicais, colocados sempre entre os primeiros dos governos que daí resultou. Também os maçons fundadores dos Estados Unidos conservaram-se anos a fio na direção da nova Republica embora enfrentando os perigos e sacrifícios relatados pela história.
Na parte Da Maçonaria e seus Princípios, a Constituição do Grande Oriente do Brasil, defende “a plena liberdade de expressão do pensamento, como direito fundamental do ser humano, observada a correlata responsabilidade.” Nenhum ser humano pode se considerar, portanto, isento de responsabilidade pelas palavras que possa dizer em momentos de imprudência verbal.
A discrição e o comedimento no uso da palavra é recomendação que não falta na formação do maçom, e em nossos rituais existe grau especial para o estudo do emprego da palavra, que há de ser invariavelmente verdadeira, útil e agradável. Condena-se, assim, a palavra imprópria, caluniosa, injuriosa, difamatória, tanto quanto a lisonja carregada de hipocrisia e falsidade. A palavra justa pode, ainda, ser malevolamente empregada por mente doentia para, em outro contexto, emprestar-lhe acepção virulenta.
Grande prejuízo pode sofrer o que se torna alvo de palavras torpes, perniciosas, produto de ódios e rancores que do fundo do coração insensato brotam na linguagem e adquirem vida própria devastadora. O maçom, dedicado ao estudo e à prática da Arte Real, fiel aos nobres ensinamentos das colunas é mestre na aplicação benfazeja das palavras.
Os antigos usos e costumes da maçonaria tradicional indicam que as responsabilidades pelos males causados a outrem por meio da palavra maldosa, serão apuradas e cobradas criteriosamente de cada um que tenha violado um principio que a todos é ensinado gratuitamente.
Brasília/DF, 10 de dezembro de 2010.
Fraternalmente,
Marcos José da Silva
Marcos José da Silva
Grão-Mestre Geral
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