quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Renovação


Ovídio nos fala da seguinte maneira sobre a Fênix: “A maior parte dos seres nasce de outros indivíduos, mas há certa espécie que se reproduz sozinha”. Os assírios chamam-na de fênix. Não vive de frutos ou de flores, mas de incenso e raízes odoríferas. Depois de ter vivido quinhentos anos, faz os ninhos nos ramos de um carvalho ou no alto de uma palmeira. Nele ajunta cinamomo, nardo e mirra, e com essas essências constrói uma pira sobre a qual se coloca, e morre, exalando o último suspiro entre os aromas. Do corpo da ave surge uma jovem fênix, destinada a viver tanto quanto a sua antecessora. Depois de crescer e adquirir forças suficientes, ela tira da árvore o ninho (seu próprio berço e sepulcro de seu pai) e leva-o para a cidade de Heliópolis, no Egito, depositando-o no templo do "Sol".
Este processo simboliza o nascer e o pôr-do-sol, a renovação das esperanças na luta da vida.  A Fênix simboliza também a imortalidade, a ressurreição e vida após a morte, poder, lealdade e honestidade.
E ao chegar ao final do ano estamos próximos a essa morte simbólica que tem seu renascimento como o novo ano. E é nesse instante que avaliamos tudo o que fizemos, e isso nos causa um misto de alegria pelos objetivos alcançados e tristeza pelo aquilo que não conseguimos realizar. 
Neste momento é que devemos encarnar a lenda da fênix: colocar o que ficou no passado para ser consumido nessa pira, nosso cansaço e tudo aquilo que deixamos para trás é transformado em cinzas. Assim com fé e esperança nos renovamos num momento de intensa beleza, preparados para recomeçar nossa jornada.
Meus queridos Irmãos que o Ano Novo seja marcado por um permanente renascer de sonhos e esperanças para todos nós.
Fraternalmente
Benilo e Palmeira

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